A Polícia Civil de Campinas (SP) tem trabalhado aliada à corporação de São Paulo na tentativa de se prevenir contra eventuais atentados de facções criminosas, como os registrados no estado nos últimos meses. Segundo o delegado seccional de Campinas, José Carneiro de Campos Rolim Neto, o setor de inteligência local tem trocado informações com a equipe da capital para monitorar o crime organizado. Ele assegura que, até agora, não houve “nada de concreto” na região.
“Nós estamos trabalhando juntos com a inteligência de lá, e também com a SAP [Secretaria de Administração Penitenciária] e com a Polícia Militar”, disse. Rolim Neto confirma que existe um trabalho específico de combate às organizações criminosas, mas por uma questão de estratégia, não pode ser detalhado
.
Desde janeiro, 93 policiais foram mortos em São Paulo. Na Baixada Santista, 13 foram executados até agora. Apesar de ainda não haver confirmação, investigadores de Campinas apuram a hipótese de um agente da Fundação Casa, morto a tiros em frente a uma padaria, ter sido uma vítima deste tipo de ação atribuída à maior facção criminosa do estado.
Categoria em alerta
O presidente do Sindicato dos Policiais Civis da Região de Campinas, Aparecido Lima de Carvalho, afirma que a categoria está em alerta para evitar que outras execuções ocorram. “Todos estão com atenção redobrada. Os fatos estão aí e falam por si só. Todo mundo está trabalhando com precaução pra que não ocorra nada de mal com qualquer integrante”, disse o líder sindical.
Segundo Carvalho, os policiais esperam do Estado que qualquer ameaça detectada pelos serviços de inteligência sejam divulgadas em forma de alerta para que os policiais se cuidem ainda mais. "O policial, por si só, ele é preparado pra isso, pra se defender sempre", falou o líder sindical.
Boatos em Sumaré e Hortolândia
No dia 12 de novembro, comerciantes de Sumaré (SP) e Hortolândia (SP) fecharam as portas após receberem a informação sobre um toque de recolher atribuído a uma facção criminosa. A polícia assegurou que a informação era mentirosa, mas não evitou, contudo, que escolas e empresas dispensassem alunos e funcionários diante do medo.
Na ocasião, o policiamento foi reforçado nas cidades, segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), para aumentar a "sensação de segurança nas ruas". Nenhum tipo de ocorrência foi registrado.
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