terça-feira, 11 de junho de 2013

Policiais civis protestam na Avenida Paulista por aumento salarial

Manifestação ocorre no vão livre do Masp, na tarde desta terça (11).
Trânsito é complicado no local e CET recomenda que motorista evite região.


Policiais civis realizam um protesto por aumento salarial e melhores condições de trabalho, nesta terça-feira (11), na Avenida Paulista, região central de São Paulo. A manifestação ocorre no vão livre do Masp. Por volta das 15h30, o protesto interditava uma das faixas da via no sentido Consolação. A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) recomenda que os motoristas evitem a região.

De acordo com o Sindicato dos Investigadores de Polícia do Estado de São Paulo (Sipesp), o ato reivindica a reestruturação das carreiras policiais e o cumprimento da lei promulgada em 2008 que garante aos policiais civis o salário base de um concursado de nível superior.
Policiais civis protestam na Avenida Paulista por aumento salarial
Como parte do protesto, o deputado estadual Major Olímpio (PDT) chegou a discursar sobre os baixos salários no funcionalismo público. "A Assembleia está de joelhos diante do palácio do governo", disse. "Nós estamos dizendo à população que não aguentamos mais. O cidadão não aguenta mais." "Alckmin está em Paris enquanto estamos aqui."

Participam também do protesto desta tarde servidores estaduais da Saúde, que assim como os policiais civis pedem aumento salarial. "Tem um fórum do funcionalismo da CUT que convidou outros funcionários para dar apoio hoje, por isso estamos aqui", disse o presidente do sindicato, Gervásio Foganholi. Os servidores da saúde também ocupam a Assembleia Legislativa. "A ocupação na assembléia continua até que apresentem uma proposta."

Após a manifestação dos policiais, uma assembleia geral deve acontecer em julho com outras entidades da categoria para a unificação da pauta de reivindicações, que será entregue ao governador Geraldo Alckmin (PSDB). Caso não cheguem a um acordo até o fim do mês de julho, os policiais ameaçam entrar em greve a partir de agosto.

Outros protestos
A Avenida Paulista deve receber ao menos mais uma manifestação nesta tarde. Às 17h, um novo protesto do Movimento Passe Livre contra a alta na tarifa do transporte público deve ter início na Praça do Ciclista. A tarifa, que era de R$ 3, subiu para R$ 3,20. A mudança no valor começou a valer em 2 de junho.

Segundo o grupo, "todo aumento de tarifa é injusto e aumenta a exclusão social." Este é o terceiro dia de protestos após o aumento do preço da passagem. Com o lema "Se a tarifa na baixar, a cidade vai parar", o grupo percorreu diversas vias importantes da cidade na quinta (6) e na sexta-feira (7), prejudicando o trânsito na cidade. Na sexta, de acordo com a CET, a capital chegou a registrar 226 km de vias congestionadas.

'Caso de polícia'
Alckmin criticou os recentes protestos durante entrevista na manhã desta terça à Rádio França Internacional (RFI), em Paris, onde defende a candidatura de São Paulo para a Expo 2020. Ele afirmou que interromper o trânsito em vias importantes é "caso de polícia."

"Uma coisa é movimento, tem que ser respeitado, ouvido, dialogado. Outra coisa é vandalismo, é você interromper artérias importantes da cidade, tirar o direito de ir e vir das pessoas, depredar o patrimônio público que é de todos. Isso não é possível, aí é caso de polícia e a polícia tem o dever de garantir a segurança das pessoas", declarou Alckmin.

Apesar da distância, Alckmin e o prefeito Fernando Haddad prometem acompanhar os protestos previstos para esta tarde na região da Avenida Paulista.

Rastro de destruição
A manifestação da última quinta-feira deixou um rastro de lixo e destruição por onde passou. Segundo informações do Metrô, os atos de vandalismo resultaram em um prejuízo avaliado em R$ 73 mil. Ao todo, 16 pessoas foram presas por conta dos protestos. Destas, duas permaneciam detidas na segunda-feira (10).

Em nota, o Movimento Passe Livre afirmou que "não incentiva a violência em momento algum de suas manifestações, mas é impossível controlar a frustração e a revolta de milhares de pessoas com o poder público e com a violência da Polícia Militar".

O Movimento é composto em sua maioria por estudantes e defende o transporte público gratuito. As primeiras manifestações do grupo em São Paulo contra reajustes ocorreram em dezembro de 2006. À época, a passagem dos ônibus tinha aumentado de R$ 2 para R$ 2,30, e a do Metrô de R$ 2,10 para R$ 2,30.

Fonte: Portal G1

Um comentário:

  1. Policiais civis de São Paulo definem calendário de mobilização
    Categorias marcam assembleia para 5 de julho, quando devem unificar a pauta de reivindicações a ser apresentada ao governador Geraldo Alckmin
    por Viviane Claudino, da RBA publicado 12/06/2013 13:04
    0 Comments e 0 Reactions
    São Paulo – Aproximadamente 1.500 pessoas participaram ontem (11) do ato de policiais civis de São Paulo por melhores condições de trabalho ao governo do estado. Os manifestantes fecharam um calendário com datas para assembleias e entrega da pauta de reivindicações. Ficou programada nova assembleia para 5 de julho, quando deverá ser vota a pauta única para todas as categorias da Polícia Civil, documento que será encaminhado para o governador Geraldo Alckmin (PSDB).

    Segundo o presidente do Sindicato dos Investigadores de Polícia do Estado de São Paulo (Sipesp), João Batista Rebouças, a categoria vai aguardar até o dia 31 de julho pela contraproposta do governo, antes de decidir pela greve.

    “Sentimos na manifestação de ontem uma motivação grande para adesão à greve, mas ainda acreditamos que o diálogo é a melhor coisa que pode existir em uma democracia e por isso iremos aguardar até o final de julho para que o governador nos ouça”, afirma.

    Os policiais reivindicam valorização profissional, o aumento de efetivo, reestruturação das carreiras, cumprimento a lei federal 51/85 pela aposentadoria especial com paridade e integralidade, não aplicada pelo governo do Estado, entre outros pontos.

    A manifestação no vão livre do Masp teve a colaboração de agentes policiais dos estados de Minas Gerais, Espírito Santo, Paraíba e do Distrito Federal, além dos servidores de saúde de São Paulo.

    ResponderExcluir

obrigado pelo seu comentário