quarta-feira, 26 de junho de 2013

Centrais sindicais convocam protestos conjuntos para 11 de julho

Onda de paralisações é vista pelos sindicalistas como um preparativo para uma grande marcha prevista para agosto, em Brasília, e cuja data ainda vai ser discutida pela classe

 As principais centrais sindicais brasileiras marcaram para o dia 11 de julho uma greve geral em todo o País, numa onda de mobilização batizada pela categoria como "Dia de Luta". O motivo será pressionar a presidente Dilma Rousseff a dar mais atenção à pauta trabalhista entregue ao governo em março deste ano. A decisão foi tomada durante uma reunião realizada nesta terça-feira (25) com as lideranças da Força Sindical, CUT, UGT, CSP-Conlutas, CGTB, CTB, CSB e NCST, juntamente com o MST e o Dieese.

A onda de paralisações é vista pelos sindicalistas como um preparativo para uma grande marcha prevista para agosto, em Brasília, e cuja data ainda vai ser discutida pela classe. "Queremos o cumprimento dessa pauta histórica da categoria, que está nas mãos da presidente desde antes de ela ter sido eleita e que infelizmente ela não cumpriu", afirmou o deputado Paulinho da Força, presidente da Força Sindical.
“Vamos chamar à unidade das centrais sindicais e dos movimentos sociais para dialogar com a sociedade e construir uma pauta que impulsione conquistas, as reivindicações que vieram das ruas à pauta da classe trabalhadora”, disse o presidente da CUT, Vagner Freitas.
Os sindicalistas vão se reunir na manhã de quarta-feira (26), com a presidente Dilma, em Brasília, para reforçar as principais reivindicações da categoria que estão na pauta. São basicamente seis pontos que vão ser reforçados: maior investimento em saúde e educação; aumento de salários; redução de jornadas de trabalho; apoio à reforma agrária; fim do fator previdenciário e transporte público de qualidade.
No encontro, a presidente Dilma foi elogiada por alguns líderes sindicais pela proposta que ela fez na segunda de um plebiscito que autoriza a instauração de uma Assembleia Constituinte para fazer a reforma política. Um deles foi o presidente da CUT, que negou que o anúncio de Dilma faça com que a classe não vá "com a faca nos dentes" no encontro desta quarta. "A CUT sempre teve a faca entre os dentes. O que acho importante nessa questão do plebiscito é que precisamos aprofundar esse debate. Ele é contraditório e tem algumas falhas", afirmou Freitas.
A CSP-Conlutas aninciou que estará nas ruas com greves, paralisações a manifestações de diversas categorias, do movimento popular e dos estudantes já nestes dias 26 e 27 de junho. O protesto servirá de preparação para o dia 11 de julho.

Um comentário:

  1. Insatisfação Generalizada é o ponto
    de vista dos Policiais Militares no Brasil

    No primeiro bimestre deste ano, o Ministério da Justiça, através da Secretaria Nacional de Segurança Pública, veio a público para divulgar o resultado de recente pesquisa no Brasil sobre as Forças de Segurança Estaduais.

    Os entrevistados foram profissionais de cargos mais numerosos nas instituições. Foram ouvidos mais de 2,5 mil Bombeiros Militares (12%); 3,4 mil Policiais Civis, com (16%); e 15, 8 Policiais Militares, perfazendo 73%.

    A questão que mais chamou a atenção, entre várias, disse respeito ao Comportamento, no tocante aos fatores dificultadores do trabalho. Os Policiais Militares brasileiros apontaram a Burocracia Excessiva em suas solicitações e o cumprimento dos seus direitos nos batalhões; Regulamento Disciplinar inadequado e desatualizado; Proibição de paralisações; Falta de critérios na aplicação de punições; Ausência de integração entre os Órgãos de Segurança Pública e o não comprometimento de órgãos civis ligados à pasta; Burocracia na área criminalística para devolver armamento; Escala de serviço inadequada, dificultando o estudo aos PMs interessados; Falta de tempo e dinheiro para o lazer e à família; Serviços extras sem remuneração; Falta de apoio à família de PMs mortos ou feridos; Número insuficiente de viaturas e equipamentos, além da falta de manutenção; Falta de fardamento; Falta de treinamento em novas habilidades; Risco de vida maior de acordo com a localidade; Falta de infraestrutura no Hospital (HPM); Mais higiene nos banheiros, cozinhas (falta até água potável) e ranchos nos batalhões; Faltam Efetivo; Salários dignos; e cursos de capacitação continuada, etc.

    Dá para imaginar o que tudo isso representa? Sim, o descomprometimento da maioria dos Governos dos Estados Brasileiros.

    Aliás, quem não se lembra em novembro de 2010, quando um grupo de governadores de apoio e de oposição ao governo federal se comprometeu a conversar com as bancadas dos Estados e evitar a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição que cria o piso nacional para os Policiais Militares e Civis e profissionais do Corpo de Bombeiros, conhecido como PEC 300.

    Pois é, foi na mesma época alguns governadores afirmaram que a aprovação de piso nacional para os policiais, além de criar despesa para os Estados fere o princípio federativo.

    Os Policiais e Bombeiros Militares protegem à nossa população, mas quem ampara eles?

    As entidades de classe que representam os profissionais de segurança pública vão continuar a pressionar os parlamentares pela aprovação do segundo turno da PEC 300; e 2013 é um ano ideal para continuar a reivindicação.

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